A MULHER EM SI
Corre nela, em cada veia,
o sangue quente dessa mesma mulher
que verte lágrimas na lua cheia,
sempre pronta para o que vier!
Mas se não veio, ela não chora.
Ela vislumbra e ainda implora,
tecendo preces assim, calada,
fingindo sorrisos, ofuscada,
imersa na ausência que dói.
A mulher em si se constrói.
Transita por noites desabitadas,
desmancha camas arrumadas,
enquanto a solidão a corrói.
Corre nela, em cada veia,
o sangue quente dessa mesma mulher
que verte lágrimas na lua cheia,
sempre pronta para o que vier!
Mas se não veio, ela não chora.
Ela vislumbra e ainda implora,
tecendo preces assim, calada,
fingindo sorrisos, ofuscada,
imersa na ausência que dói.
A mulher em si se constrói.
Transita por noites desabitadas,
desmancha camas arrumadas,
enquanto a solidão a corrói.