POEMA DARKINIANO
Abro aquele portão
escuro velho
enferrujado...
o barulho da corrente
se faz o cadeado se solta.
Na penumbra
eu de negro
caminho...
o único som no ar
dos morcêgos
guinchando
ruídos e assobios.
A única luz
a das velas
a da lua...
denso nevoeiro
sobre as tumbas...
"Focu Fatus"
brilham
como
vagalumes.
Eu me sento
sobre a lápide
e converso...
não a ouço
pois ela se foi
tão nova ainda,
tão linda.
Ainda a sinto
por perto
e
coloco
flores negras
sobre seu último
refúgio...
seu leito
seu chão funeral.