O ruido silencioso.

Hoje o telefone tocou duas vezes,sabe o que pensei?

Eu só pensei que fosse ela

Mas me decepcionei quando atendi e notei

Que a vóz não era a dela.

Desculpa agora vou ter que pedir

Porque sem pensar eu o desliguei

Sem mesmo querer apenas ouvir

E acredite quem era eu nem sei.

Ela se foi e talvez nunca mais vai ligar

E certamente logo logo me esquece

Mas eu ainda estou a esperar

Porque creio que milagre acontece.

Se não irei me desvencilhar

Desse pequeno e incomodo aparelho

Não tem mais serventia ,não vou mais precisar

Se ela não quer mais falar,eu falo comigo olhando no espelho.

Já estão até comentando que eu estou esquisito

Mas pretendo por hora só a minha privacidade

E tavez eu me mudo para um rancho bonito

Pra me ausentar das lembranças dessa louca cidade.

Vou abandonar o modernismo radio jornal,internete

Abrirei mão do celular ,radio e da TV

Uma decisão maluca,mas direito que me compete

Procurar ser feliz ou simplesmente me esconder.

Eu quero viver e me adaptar

Ao cheiro da terra e perfume de fores

E ao som da agitada cachoeira vou misturar

O ruido silencioso das minhas dores.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 17/07/2008
Reeditado em 18/07/2008
Código do texto: T1085190
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