UM CORAÇÃO SEM RUMO
UM CORAÇÃO SEM RUMO
Mirando ao longe espreita
O que vem o que passou,
Margeando a longa estrada
Muito obstáculo pulou,
Ficou para trás o ontem,
O amanhã já chegou.
Precisa o homem sonhar
As boas coisas da vida;
Esquecer suas agruras,
No ontem constituída;
Buscando no amanhã
A meta estabelecida.
Quem vê o ente pensante,
Não sabe o que ele sente,
Se já prepara o terreno,
P’ra semear a semente,
Quando boa, perdurará;
Quando não, fica pendente.
Se a nós cabe a conduta
Da ética e da ação;
Preciso se faz ao homem,
Entre o sonho e a razão,
Discernir usando o cérebro,
Bem mais que ao coração.
Este que conduz a vida,
Dá sentido ao grande amor,
Deixa o homem a devanear
Chorando sem sentir dor,
O cérebro entorpecido,
Sem rumo, ética e valor.
Solânea, 27/06/2008
Feitosa dos Santos