Eu sou o escuro
Eu sou o silêncio gritante do cansaço,
Abafado e soterrado por uma fúnebre tristeza.
Eu sou o olhar colérico da ira,
E uma ferida aberta que abriga dores e infernos.
Eu sou o dia quando fecha os olhos,
E sangra trevas no azul do espaço.
Eu sou o cinza que vêm anuviar a amplidão,
E a vida que mergulha no breu do inexistir.
Eu sou a pureza angelical que degenera em rancor,
Sou o fim do bem, do mal, a morte, o escuro.
Thiago Cardoso Sepriano