Eu sou o escuro

Eu sou o silêncio gritante do cansaço,

Abafado e soterrado por uma fúnebre tristeza.

Eu sou o olhar colérico da ira,

E uma ferida aberta que abriga dores e infernos.

Eu sou o dia quando fecha os olhos,

E sangra trevas no azul do espaço.

Eu sou o cinza que vêm anuviar a amplidão,

E a vida que mergulha no breu do inexistir.

Eu sou a pureza angelical que degenera em rancor,

Sou o fim do bem, do mal, a morte, o escuro.

Thiago Cardoso Sepriano

ThiagoCardosoSepriano
Enviado por ThiagoCardosoSepriano em 29/06/2008
Reeditado em 25/02/2009
Código do texto: T1057033
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