POEMA EM FLOR
Devagar pense
pela raiz
escreva a vermelho
como quem diz
cereja…
devagar morda
como quem beija
a doce boca
que se deseja…
devagar grave
no céu aberto
olhar de espanto
saber incerto…
devagar siga
pelo poema
pés descalços
espinho-dilema…
sem hesitar
escolha o corcel
a galopar
sobre o papel…
e a toda a brida
abra o poema
na bandarilha
de uma faena…