Alegre desconhecido

Apenas a beleza me conduz

E como provérbio grego:

“coisa difícil é o belo”!

Me amparo no calor e no frio,

na busca do que sei nunca encontrar!

Sempre na dor, na cor, nos confins de todo começo.

Aqui se torna mais longe o meu retorno

Porque em choro silencioso escondo lágrimas.

Tormentos em faces de alegrias!

Enquanto dormem, faço versos!

Sempre na dor, na cor, nos confins de todo começo.

Busco lugares, destroços, e rios!

Pinto todos de cores pálidas e depois rasgo!

Caminho entre o tempo e escorrego pelo espaço.

E encontro o desolar da solidão.

Sempre na dor, na cor, nos confins de todo começo.

Jaak Bosmans