Pau de arara
Por estradas tortuosas
Vão seguindo os emigrantes
Levam os filhos pequenos
Em seus braços adormecidos
Os trecos que lhes pertence
E seguem no pau de arara
Devotos e retirantes
Vão com muitas esperanças
Brilho nos olhos e cansaço
Vão à busca de remédios
Para todos os seus males
Não importa a distância
O desconforto e cansaço
Tendo por serva a sorte
Pelas desérticas estradas
Entre abismos e penhascos
Vão entre sacolejos
E o pouco que tem reparte
Seguindo lentos e mudos
Neste confuso refúgio
Entre nuvens de poeira
Vão deixando os seus rastros
Não dormem e apenas cochilam
Vão à cima das bagagens
Não importa o que virá
Em sua luta e fuga
Com os cabelos flutuando
Jogam toda sua vida
Neste velho pau de arara.
Por estradas tortuosas
Vão seguindo os emigrantes
Levam os filhos pequenos
Em seus braços adormecidos
Os trecos que lhes pertence
E seguem no pau de arara
Devotos e retirantes
Vão com muitas esperanças
Brilho nos olhos e cansaço
Vão à busca de remédios
Para todos os seus males
Não importa a distância
O desconforto e cansaço
Tendo por serva a sorte
Pelas desérticas estradas
Entre abismos e penhascos
Vão entre sacolejos
E o pouco que tem reparte
Seguindo lentos e mudos
Neste confuso refúgio
Entre nuvens de poeira
Vão deixando os seus rastros
Não dormem e apenas cochilam
Vão à cima das bagagens
Não importa o que virá
Em sua luta e fuga
Com os cabelos flutuando
Jogam toda sua vida
Neste velho pau de arara.