Mudando o mundo
Sim, eu confesso!
Desisti de mudar o mundo
com minhas próprias mãos.
Desisti de derramar meu sangue
Que ninguém mais lambe
- Não ser a troco de pão. -
Já conheço inteiro a fantasia
Provei da alegria
Do céu e do chão.
Já fui rei, fui escravo
Fui fiel ao quadrado
E me mataram envão.
Hoje eu vivo mais calmo
Nem tudo me é alvo
Nem tudo é profundo
Se sei da vida meu trabalho
Pouco me importa
O cabra me dizer “vagabundo”.
Quero mais é minha paz
Saber do jeito que se faz
Protejer meu amor a fundo.
Já se eu e ela nos amamos
Eu andei pensando...
“Meu amor muda o mundo!”.
Fácil, explico a vocês:
É que era uma vez
Quem queria ser maior
Queria tudo e agora
Não admitia a demora
Não admitia ser pior
Queria sua ideologia
Sem nenhuma fantasia
Mas não sabia da melhor:
Mais fácil mudar o mundo
Quando se tem, dentro, tudo
E tudo é sempre o amor!