Acalanto
ACALANTO
Depois do desespero, uma brisa
depois do destempero,
uma dose de vida
uma paixão inesperada,
uma voz antiga
uma calça amassada
uma alma mais atrevida
uma rima improvisada
junto aos sonhos na bolsa
mal arrumada
à Santa a despedida
a lua como morada
e vou pelas ruas vadias
as dores não cicatrizadas
disfarçadas, exalando poesia.
Tonho França