Poema da Eternidade
Poema da Eternidade.
Levo-a sempre dentro de mim,
Entre as sombras serenas das estradas,
Em meio ao segredo doce das romãs, dos alecrins,
Levo-a sempre dentro de mim.
Ainda que o fardo da saudade
Faça mais pesada ser a caminhada.
Levo-a sempre dentro de mim,
Nos olhos, no peito, na pele tatuada,
Nas orações de todo nascer do dia,
Nos segredos, nos meus poros, na poesia,
Onde outro amor, nenhum amor, mais caberia.
Levo-a sempre dentro de mim,
Com a alma renovando-se a cada estação,
Com o tempo amadurecendo o coração,
Com a lembrança mais viva da tua imagem
Em meio ao segredo doce das romãs, dos alecrins,
Atravessando as portas, as pontes, os portos,
Até que a vida se faça, se cumpra, e me leve enfim,
Eu sempre a levarei dentro de mim.
Tonho França.