Veneno ou antídoto?!
Quando pouso meus olhos em ti
Admiro o que vejo... De tão belo
Ou apenas leio teu verso singelo
Por vezes até mesmo estremeço
Com a tua voz meiga e melodiosa
Pela amável sedução bem gostosa
Os meus lábios beijam e te tocam
Sinto no ar a brisa do mar maviosa
Acalentando entre suaves encantos
Fico então tomado! Detendo loucuras...
Insanidades... Pululam suas agruras
Todos os meus sentidos ensandecidos
Mas estou meio que pouco me lixando...
Só quero desfrutar de ti aqui versando
O que nasce num repentino momento
Tão forte! Tão lindo! Tão eloquente!
Não há maior ganhador de loteria
Ou um torcedor fanático na vitória
Um Gol decisivo no último segundo
Que supere essa alegria invadindo
A ansiedade louca dessa minha libido
Nas horas incertas que colorem vida
Sois o meu sol... O meu ar e o meu mar
A minha calmaria... Que sacia e vicia
Vieste como intrépida tempestade...
Levantando e ruindo o meu telhado
Mas trouxeste junto contigo o riso
E foi ele o meu grande domador
Com seus mimos de doce amor
Às vezes em alucinado torpor
Que me fizeram esses estragos
A ficar assim nesse estágio
Que só sonha estar contigo
Não quero que vás embora
Almejo estar... Contigo a toda hora
Ao teu lado, mesmo que calado
Fica comigo...sois o antídoto
Para curar a doença maldita
Saudade sofrida da ausência
Que invade a minha mente
Estou sim... Meio que demente
Todo carente das tuas carícias
Sempre a querendo por aqui
Amando-te e te desejando...
No enigmático indecifrável mistério
Inenarrável e incompreensível
Que não consegue o possível
A desvendar... Ter o atingível
Só diz... Meio tímido e reservado
Ao balbuciar versos enternecidos
De eterno amor... Incomensurável.
Hildebrando Menezes