Melancolia...
Em papel perfumado meu poema desliza, em flor de maracujá se abrindo em exóticas cores, misteriosas curvas sedentas, palavras ocultas vagando na mente.
Mapeando corações, divagando nas entrelinhas, formosura das noites enluaradas, a nos espiar.
Nossas aspirações profundas, desejos num breve amarfanhado enlace.
A chuva e o vento balanceiam corpos, no triste poema, lançam redes ao mar, pescando emoções.
Circula em mim, envolto em lágrimas as algemas do amor, queimando cada centímetro meu.
O choro quente desce, crucificando minhas dores, gotas pingam no solo, o céu revela em densas nuvens.
Melancolia na luta desigual foram-se os anos, serena névoa do meu pensar, bebe o cálice amargo, desfalecida no meu silêncio.
Escrito em: 20.01.2006
Por Águida Hettwer