"A gente não se liberta de um hábito atirando-o pela janela: é preciso
fazê-lo descer a escada, degrau por degrau."
Mark Twain



MUDAR

Procuro dentro e fora de mim
O que há para mudar?
Acabo por me afundar.
E perco-me no emaranhado
do que me dou conta
que deveria ser modificado.
Presa a hábitos do quotidiano.
Prazeres consolidados.
 Passadas envelhecidas.
Marcas no chão a honrar ou a desdenhar
quem por ali passou
botas de militar
chinelinhos de plumas
Aquele relógio sempre parado
Só porque faz muito barulho
Está condenado ao silêncio
Silêncios a mais barulhos de menos
Ou quiçá ao contrário estaria mais certo
E os meus entendimentos
Que me gastaram tempo e vida
Os meus devaneios os meus vãos regozijos
O que pensei ser e não fui
O que pensei fazer e não fiz
As dores que padeci
As teimosias e medos e degredos
O remédio é remeter aquele lixo para um abismo sem volta
Recomeçar mudar de atitude perante a vida
 que de tão simples tão pouco exige
apenas um pedacinho de amor de faz favor.

De tta
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 02/06/2008
Código do texto: T1015678
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