DO HOMEM AO HOMEM

À VIDA

Senhor, Senhor...

Onde estás que não respondes.

Não lembro mais o caminho,

Por donde me conduzistes.

Um bom tempo já passou,

Peço-Te não fiques triste,

O caminho não mais existe,

As flores que o ladeava,

O vento quente as secou.

A terra árida se fez,

Em pedra quente outra vez,

O maná se transformou.

Fica o homem sem o pão,

A vagar pelo deserto,

O amanhã é sonho inserto,

Àqueles que endurecem o coração.

Senhor meu Deus, Senhor teu Deus,

Afasta-nos a rudez da palavra,

O jazer nas trevas da escravidão.

Teu Deus, meu Deus...

Nossa culpa, Teu perdão.

Rio, 22/05/2008

Feitosa dos Santos