Esconderijo

Fiz um quadrado e ilusoriamente
resguardei-me dentro dele
Com as minhas saudades
Os meus misticismos
As minhas amarguras
Os meus tédios
Os meus medos
Os meus silencios
Os meus amores e desamores
Os que esqueci, os que perdi,
 Os que trago no coração
As minhas divagações poéticas
Os meus delírios
Os meus sonhos
As minhas alegrias e tristezas
A doença que me persegue
e que eu tento afugentar
e a morte que me  aterroriza
tentei deixar de fora…
Nesta azáfama insana para fugir de mim
esqueci-me de reparar,
que fora desse quadrado,
a vida sorria, cálida. serena. cantante. melodiosa-
A terra continuava a sua incumbência.
O sol despontava alegre e maroto.
O azul do céu era mais brilhante.
As rosas abriam-se na sua beleza e aroma.
E era tanta a formosura fora desse quadrado.
Esconderijo de meu abatimento .
As estradas mostravam rotas de felicidade.
Mas os meus olhos baços nada viam,
resguardados que estavam,
onde eu tinha metido todos os meus pânicos.
Então eu vi ,que Deus sorria para mim.
Estendia-me a mão ,e dizia. Eu estou aqui.
 
De t,ta
21-05-08
20.43
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 22/05/2008
Reeditado em 22/05/2008
Código do texto: T1000036
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