MANHÃS DE OUTONO
São sempre tão tristes
As manhãs de outono
Timidamente, entrego-me
Num abraço imaginário
Sinto-me protegida
Teus braços deslizam sobre mim
Como se fossem uma nuvem
A tocar minha pele
Há tanto espero por ti
E não vens, nunca vens a mim
Foste-me o sol
Que aqueceu minha vida
Floriu o meu jardim
E agora, tudo está triste
A manhã, já se vai alta
Sinto-me fora do lugar
Fora de compasso no tempo
Volto para dentro de mim
Onde o silêncio tortura-me
E num sorriso triste
Pronuncio teu nome
E espero em vão
Volta meu amor
Está tão frio aqui.