O Chiar da Churrasqueira

Na manhã de domingo, o fogo é aceso,

Com lenha escolhida, o calor é preso.

No galpão, a fumaça dança ligeira,

É dia de festa, o chiar da churrasqueira.

O gaúcho, de faca firme na mão,

Corta o vazio, tempera o coração.

Cada pedaço tem sua história,

No aço que corta, o sabor e a memória.

A carne estala, o fogo estremece,

É o braseiro ardente que nunca esquece.

O aroma se espalha, invade o rincão,

Une famílias, amigos, irmão com irmão.

Enquanto assa, o mate é passado,

Rodando de mão em mão, bem-cebado.

Os risos ecoam, o tempo descansa,

Entre carnes e causos, a vida se lança.

O fogo consome, a carne dourada,

Sabor e tradição, essência guardada.

No churrasco gaúcho, um rito sagrado,

Onde o pampa é mesa e o campo é legado.

Quando a primeira fatia é servida,

É o gosto da terra, é o sabor da vida.

E o gaúcho agradece, honrando o costado,

Pelo pão repartido e o fogo amansado.

Thiago Sasso
Enviado por Thiago Sasso em 28/10/2024
Código do texto: T8183988
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