O Som da Gaita e da Milonga

No pampa, que é vasto e sem fim,

Canta a gaita, num sopro a fluir assim.

É o som que embala as tardes serenas,

Milonga que ecoa nas coxilhas pequenas.

Cada nota, um pedaço de chão,

Vaneira que vibra o coração.

No compasso lento ou no galope forte,

A música do pampa é o destino e a sorte.

A gaita, velha companheira de guerra,

Sabe as histórias do gaúcho e da terra.

Nas cordas da milonga, o tempo se perde,

E o gaúcho se encontra, nos campos verdejantes e na alma que ferve.

Os dedos dançam nas teclas ligeiras,

Enquanto o vento sopra nas manhãs campeiras.

Ressoa a tradição, viva e forte,

Nas trovas do pampa, que nunca se aborte.

Há um canto nos olhos, há um ritmo nos pés,

E a gaita carrega as memórias fiéis.

De fandangos e festas, de ranchos e estâncias,

A música é a alma, em doces fragrâncias.

Seja no laço, no baile ou na lida,

A música gaúcha embala a vida.

O som da gaita e da milonga é raiz,

No coração do gaúcho, a música sempre diz:

Que o pampa respira o som da tradição,

E cada acorde é parte da imensidão.

No compasso da gaita, o pampa se expande,

E a alma gaúcha, em cada nota, se expande.

Thiago Sasso
Enviado por Thiago Sasso em 23/10/2024
Código do texto: T8180420
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