Onde o Estranho Vira Amigo

No rincão de céu aberto, entre o mate e o cantar,

Há um povo que recebe, com sorriso a iluminar.

O gaúcho, de alma franca, não se nega a acolher,

Quem cruza seus horizontes, vem pro fogo aquecer.

Na chaleira fervilhante, o chimarrão é servido,

Roda o mate, roda a história, e o estranho vira amigo.

No abraço do vento forte, no calor do fogo de chão,

Brota a amizade sincera, sem precisar de razão.

Seja pobre ou abastado, quem chega é bem-vindo,

Tem um prato sempre cheio e um olhar compreensivo.

É o jeito dessa gente, de coração grandioso,

Que partilha o que tem, com orgulho valoroso.

No galpão de portas largas, a mesa é sempre farta,

Há lugar para quem chega, e a conversa não se aparta.

Do pampa à serra, o gesto é igual em todo canto,

Na hospitalidade gaúcha, mora o amor e o encanto.

Que fique o vento a soprar, levando pelos rincões,

O carinho desse povo, que acolhe de gerações.

Seja um amigo ou estranho, quem por aqui passar,

Na terra dos pampas, sempre terá onde pousar.

Thiago Sasso
Enviado por Thiago Sasso em 23/10/2024
Código do texto: T8180417
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