Boitatá, Guardião do Pampa

Nas noites escuras do vasto rincão,

Corre uma lenda que o pampa conhece,

Uma serpente de fogo em explosão,

Que as matas e rios com fúria protege.

Boitatá é seu nome, guardião destemido,

Que vaga na noite, em brasa e calor,

Protege a natureza, seu reino querido,

Punindo quem traz destruição e dor.

Se a chama do campo o homem ascender,

Por ganância ou desleixo, sem se importar,

O Boitatá, com seus olhos de fogo a arder,

Virá para a justiça no campo cobrar.

Serpente de luz, labareda que dança,

Tua ira se acende na noite estrelada,

És mito e verdade, és sombra e lembrança,

A voz do pampa, de alma encantada.

Quem respeita a terra, ao Boitatá honra,

Pois sabe que o fogo é seu dom e seu lar,

Mas quem se atreve a ofender o rincão,

Cairá sob o fogo, que não vai apagar.

Assim segue a lenda, entre o povo que crê,

No guardião da planície, de chama feroz,

Boitatá, no silêncio, observa quem é,

Que cuida ou destrói, levando sua voz.

Thiago Sasso
Enviado por Thiago Sasso em 21/10/2024
Código do texto: T8178501
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.