As Estâncias do Sul
Nas vastas campinas de céu infinito,
Onde o horizonte se perde de vista,
As estâncias do Sul são um grito
De força e coragem que a terra conquista.
Os campos verdejantes, sob o sol dourado,
Guardam histórias de luta e suor,
O gaúcho, no lombo do seu fiel cavalo,
É senhor desse chão, com bravura e amor.
O gado pastando, em silêncio tranquilo,
Marca o compasso do tempo que passa,
Enquanto o gaúcho, de olhar intranquilo,
Segue a lida, na alma, a esperança.
Da aurora ao crepúsculo, o trabalho é constante,
Erguendo cercas, guiando a boiada,
Mas no coração, há um brio gigante,
Que faz da estância sua morada.
Cada palmo de chão é história que cresce,
Escrita com o couro e a poeira do campo,
O vento que sopra, a alma enobrece,
E o pampa ressoa um eterno acalanto.
Assim são as estâncias, guardiãs da memória,
Das raízes do Sul e seu modo de ser,
Onde o gaúcho vive, gravando a história,
Com sangue, com braço e com o próprio viver.