As Estâncias do Sul

Nas vastas campinas de céu infinito,

Onde o horizonte se perde de vista,

As estâncias do Sul são um grito

De força e coragem que a terra conquista.

Os campos verdejantes, sob o sol dourado,

Guardam histórias de luta e suor,

O gaúcho, no lombo do seu fiel cavalo,

É senhor desse chão, com bravura e amor.

O gado pastando, em silêncio tranquilo,

Marca o compasso do tempo que passa,

Enquanto o gaúcho, de olhar intranquilo,

Segue a lida, na alma, a esperança.

Da aurora ao crepúsculo, o trabalho é constante,

Erguendo cercas, guiando a boiada,

Mas no coração, há um brio gigante,

Que faz da estância sua morada.

Cada palmo de chão é história que cresce,

Escrita com o couro e a poeira do campo,

O vento que sopra, a alma enobrece,

E o pampa ressoa um eterno acalanto.

Assim são as estâncias, guardiãs da memória,

Das raízes do Sul e seu modo de ser,

Onde o gaúcho vive, gravando a história,

Com sangue, com braço e com o próprio viver.

Thiago Sasso
Enviado por Thiago Sasso em 20/10/2024
Código do texto: T8178059
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