A Doma no Pampa

No pampa, ao romper da aurora, se inicia a função,

O potro bravo aguarda, cheio de explosão,

O domador, sereno, com o olhar de quem conhece,

Prepara-se pra lida, que a coragem enobrece.

O potro relincha, se esquiva, levanta poeira,

Mas o gaúcho insiste, com alma campeira,

Com calma e paciência, vai moldando o animal,

Na doma, é o respeito que sela o final.

Com o tempo, o pingo entende o comando,

E o gaúcho, firme, segue sempre ensinando,

Pois na doma, há mais do que força ou pressão,

Há o elo que nasce entre homem e criação.

Na última rédea puxada, o pingo se entrega,

E o gaúcho sorri, pois a confiança não nega,

Ali se forja uma aliança, de respeito e de chão,

Onde homem e cavalo, juntos, vencem o coração.

Thiago Sasso
Enviado por Thiago Sasso em 18/10/2024
Código do texto: T8176262
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.