A Doma no Pampa
No pampa, ao romper da aurora, se inicia a função,
O potro bravo aguarda, cheio de explosão,
O domador, sereno, com o olhar de quem conhece,
Prepara-se pra lida, que a coragem enobrece.
O potro relincha, se esquiva, levanta poeira,
Mas o gaúcho insiste, com alma campeira,
Com calma e paciência, vai moldando o animal,
Na doma, é o respeito que sela o final.
Com o tempo, o pingo entende o comando,
E o gaúcho, firme, segue sempre ensinando,
Pois na doma, há mais do que força ou pressão,
Há o elo que nasce entre homem e criação.
Na última rédea puxada, o pingo se entrega,
E o gaúcho sorri, pois a confiança não nega,
Ali se forja uma aliança, de respeito e de chão,
Onde homem e cavalo, juntos, vencem o coração.