A Ginetiada
No vasto rincão, se arma o desafio,
O ginete se apruma, no olhar, o brio,
Com a guaiaca apertada e o poncho voando,
Vai enfrentar o bagual, bravo e galopando.
O potro chucro resiste, levanta poeira,
Mas o gaúcho, destemido, não foge da lida campeira,
Cada salto é luta, coragem e tradição,
Na ginetiada, se firma o laço com o chão.
O suor escorre, o pingo relincha feroz,
E o pampa assiste em silêncio à luta de nós,
É na raça e no braço que o gaúcho se faz,
Vence o cavalo e no peito carrega a paz.
Ao final, o campo aplaude, o bagual domado,
E o ginete, com honra, retorna pro lado,
Pois na ginetiada não há só luta e disputa,
Há o respeito mútuo, que o campo sempre escuta.