Minuano Aguerrido
Sopra o vento minuano, de frio e solidão,
Varre as coxilhas do pampa, na noite e no alvorecer,
Traz consigo a memória dos campos e do rincão,
É o canto da querência, ecoando no coração.
Vem, minuano bravio, companheiro de jornada,
Teu sopro é coragem, na alma enraizada,
Carrega o cheiro da terra, o galope do gado,
E a saudade de quem vive no pampa amado.
Teus assobios ressoam, pelos vales e planuras,
Contam histórias antigas, de batalhas e bravuras,
És o frio que estremece, mas também aquece o peito,
Para o gaúcho, és vida, és orgulho e respeito.
Oh, vento minuano, que lambes o rosto ao passar,
Levas contigo lembranças que o tempo não vai apagar,
És parte deste chão, és o amigo do campeiro,
Sopra forte, minuano, guardião do pampa inteiro.