Minuano Aguerrido

Sopra o vento minuano, de frio e solidão,

Varre as coxilhas do pampa, na noite e no alvorecer,

Traz consigo a memória dos campos e do rincão,

É o canto da querência, ecoando no coração.

Vem, minuano bravio, companheiro de jornada,

Teu sopro é coragem, na alma enraizada,

Carrega o cheiro da terra, o galope do gado,

E a saudade de quem vive no pampa amado.

Teus assobios ressoam, pelos vales e planuras,

Contam histórias antigas, de batalhas e bravuras,

És o frio que estremece, mas também aquece o peito,

Para o gaúcho, és vida, és orgulho e respeito.

Oh, vento minuano, que lambes o rosto ao passar,

Levas contigo lembranças que o tempo não vai apagar,

És parte deste chão, és o amigo do campeiro,

Sopra forte, minuano, guardião do pampa inteiro.

Thiago Sasso
Enviado por Thiago Sasso em 17/10/2024
Código do texto: T8175524
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