Sangue Farrapo, Brado de Liberdade
Eram Farrapos, homens do sul,
De lança em punho e de olhar altivo,
Nas coxilhas ergueram um grito agudo,
Por liberdade e por um chão mais vivo.
Lutaram contra o peso da opressão,
O Império cobrava mais do que podiam dar,
Com o charque e o suor de sua mão,
Queriam justiça, queriam mudar.
A terra era dura, mas o povo era forte,
Não se rendiam, nem dobravam a espinha,
Buscaram igualdade, enfrentaram a sorte,
Por um Rio Grande livre, como sol que se aninha.
Eles não queriam só charque ou o ouro,
Lutavam por um destino, um ideal,
Queriam respeito, queriam decoro,
Contra abusos, pela paz no rincão.
Valentes Farrapos, que por dez anos,
Enfrentaram o Império, em dura peleja,
Na chuva, no frio, em tantos campos,
Defendendo sua causa, sua bandeira que lateja.
Bento Gonçalves e seus companheiros,
Deixaram claro que o povo tem valor,
Pois o sul não se rende, se for de campeiros,
E a luta pela justiça é o maior fervor.
Lutavam por um mundo mais justo e livre,
Onde o gaúcho pudesse escolher seu destino,
Por igualdade e por terras que fossem livres,
Para o povo do pampa e seu solo divino.
Hoje, seus feitos ecoam na história,
E a chama crioula mantém-se acesa,
Pois os Farrapos são nossa eterna memória,
Valentes, guerreiros, guardiões da nobreza.