Sangue Farrapo, Brado de Liberdade

Eram Farrapos, homens do sul,

De lança em punho e de olhar altivo,

Nas coxilhas ergueram um grito agudo,

Por liberdade e por um chão mais vivo.

Lutaram contra o peso da opressão,

O Império cobrava mais do que podiam dar,

Com o charque e o suor de sua mão,

Queriam justiça, queriam mudar.

A terra era dura, mas o povo era forte,

Não se rendiam, nem dobravam a espinha,

Buscaram igualdade, enfrentaram a sorte,

Por um Rio Grande livre, como sol que se aninha.

Eles não queriam só charque ou o ouro,

Lutavam por um destino, um ideal,

Queriam respeito, queriam decoro,

Contra abusos, pela paz no rincão.

Valentes Farrapos, que por dez anos,

Enfrentaram o Império, em dura peleja,

Na chuva, no frio, em tantos campos,

Defendendo sua causa, sua bandeira que lateja.

Bento Gonçalves e seus companheiros,

Deixaram claro que o povo tem valor,

Pois o sul não se rende, se for de campeiros,

E a luta pela justiça é o maior fervor.

Lutavam por um mundo mais justo e livre,

Onde o gaúcho pudesse escolher seu destino,

Por igualdade e por terras que fossem livres,

Para o povo do pampa e seu solo divino.

Hoje, seus feitos ecoam na história,

E a chama crioula mantém-se acesa,

Pois os Farrapos são nossa eterna memória,

Valentes, guerreiros, guardiões da nobreza.

Thiago Sasso
Enviado por Thiago Sasso em 14/10/2024
Código do texto: T8173140
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