Crioulo, Alma e Lida

Cavalo Crioulo, de porte altaneiro,

Em teu trote firme, carrego a saudade,

És mais que um bicho, és companheiro,

Levas na crina a essência da liberdade.

Dos campos do sul és filho e senhor,

Tua resistência é o orgulho do pago,

Foste forjado na lida e no labor,

Entre cerros e coxilhas, no frio e no afago.

És o parceiro fiel de longa jornada,

No laço e na doma, na sombra e no sol,

Desde as primeiras luzes da alvorada,

Até o ocaso, sob o céu em arrebol.

Nos rodeios, és força que brilha,

Nos tiros de laço, és precisão,

Em ti confio, de rédea ou espora,

Pois juntos peleamos na imensidão.

Tua raça é pura, de linhagem antiga,

Pelo forte e denso, de um dourado intenso,

No compasso do campo, és alma amiga,

Tens a destreza que o gaúcho pensa.

E quando a manhã nasce fria e serena,

Lá estás tu, ao meu lado, leal,

Guardando as tradições que a história acena,

Mantendo viva a herança ancestral.

És mais que um símbolo, és o orgulho sulista,

Cavalo Crioulo, de fibra e paixão,

Em teu galope, a alma gaúcha persiste,

Nos campos, és sangue, raiz e razão.

E ao te ver correr, solto nas pastagens,

Sinto o Rio Grande pulsar no teu peito,

Pois és o alicerce das nossas paisagens,

Crioulo, levo-te comigo, de qualquer jeito.

Thiago Sasso
Enviado por Thiago Sasso em 13/10/2024
Código do texto: T8172625
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