Chuva e Dor no Pago

Choveu forte no Rio Grande, céu escuro, chão molhado,

os rios transbordaram, o pampa foi invadido e inundado,

as águas trouxeram tristeza, mas também união,

pois o gaúcho é forte, se ergue, se ampara em irmão.

Foi enxurrada que levou sonhos e sustento,

o verde se perdeu sob o peso do tormento,

no olhar do campeiro, a luta de quem fica,

pois mesmo em meio à enchente, a esperança não se explica.

Das casas e estradas, só restou o lamento,

mas na alma gaúcha, o vento traz alento,

se o pago sofreu, também há de se reerguer,

pois a coragem gaúcha é a força de viver.

Do laço ao abraço, de mão dada a quem precisa,

o povo se une, se apoia e a tristeza ameniza,

se o céu chorou por nós, o sol há de brilhar,

e o Rio Grande, ferido, há de se levantar.

E ao som da gaita, que sempre nos consola,

recordaremos juntos, na roda e na prosa,

que mesmo em meio à dor, somos mais que valentes,

somos gaúchos, na luta, na vida, para sempre.

A poesia Chuva e Dor no Pago é uma homenagem ao povo gaúcho e à sua resiliência diante da enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em 2024. O poema descreve a força destrutiva das águas, que levaram consigo casas, estradas e sustento, deixando tristeza e perdas. No entanto, mesmo em meio à adversidade, o texto ressalta a união e a coragem do povo gaúcho, que se ampara e se fortalece mutuamente. Com uma visão esperançosa, a poesia expressa a certeza de que, apesar das dificuldades, o Rio Grande do Sul se reerguerá, guiado pela bravura e pelo espírito de solidariedade de seus habitantes.