UM GOLE DE MATE
Um gole de mate
o cachorro que late
mil oitocentos e antigamente
onde o diabo perdeu as botas
eu enfiado naquelas grotas
fogo de chão e chaleira quente
campo, lavoura e roça
em dia de chuva grossa
frango feito na panela
arroz, mandioca e feijão
a mulata véia do meu coração
que nasceu pra ser tão bela
me levaram pra guerra
pra defender nossa terra
era tiro pra todo o lado
meu amigo não se zangue
era o chão coberto de sangue
na defesa de nosso estado
fim de guerra e paz no chão
nasci matuto e fui peão
a muito que fui embora
ninguém se lembra de mim
essa história chega ao seu fim
fui enterrado na sombra de um pé de amora!
escrito as 07:56 hrs., de 25/07/2021 por