UM GOLE DE MATE

Um gole de mate

o cachorro que late

mil oitocentos e antigamente

onde o diabo perdeu as botas

eu enfiado naquelas grotas

fogo de chão e chaleira quente

campo, lavoura e roça

em dia de chuva grossa

frango feito na panela

arroz, mandioca e feijão

a mulata véia do meu coração

que nasceu pra ser tão bela

me levaram pra guerra

pra defender nossa terra

era tiro pra todo o lado

meu amigo não se zangue

era o chão coberto de sangue

na defesa de nosso estado

fim de guerra e paz no chão

nasci matuto e fui peão

a muito que fui embora

ninguém se lembra de mim

essa história chega ao seu fim

fui enterrado na sombra de um pé de amora!

escrito as 07:56 hrs., de 25/07/2021 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 25/07/2021
Reeditado em 25/07/2021
Código do texto: T7306772
Classificação de conteúdo: seguro