MATEADOR

Quanto me abanco pro mate

memoria do tempo de moço

Das bailantas e surungos

Jogos de truco e de osso

nos comercio de carreiras

das tardes mansas serenas

Belas noites fandangueiras

E lindas flor de morenas

Um pedaço do meu tempo

socado dentro de mim

da vivencia na campanha

Tropeando pelos confins

meu mundo foi deste jeito

Pelas coxilha e canhadas

O minuano golpeando o peito

Tive um redomão colorado

Que amansei a capricho

Fiz dele um cavalo de lei

Pra todo e qualquer serviço

Fanfarrão e doce de boca

Em toda e qualquer ocasião

pra trompar e bancar na rédea

de arrastar a cola no chão

se foram o basto e a doma

Bailantas ,jogos e tropeadas

Sem apagar da memoria

As mais distantes jornadas

construí meu rancho tosto

longe da poeira da estrada

Onde vivo um sonho lindo

Junto a xirua amada

ZECADIVINO
Enviado por ZECADIVINO em 31/05/2021
Reeditado em 21/08/2021
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