MATEADOR
Quanto me abanco pro mate
memoria do tempo de moço
Das bailantas e surungos
Jogos de truco e de osso
nos comercio de carreiras
das tardes mansas serenas
Belas noites fandangueiras
E lindas flor de morenas
Um pedaço do meu tempo
socado dentro de mim
da vivencia na campanha
Tropeando pelos confins
meu mundo foi deste jeito
Pelas coxilha e canhadas
O minuano golpeando o peito
Tive um redomão colorado
Que amansei a capricho
Fiz dele um cavalo de lei
Pra todo e qualquer serviço
Fanfarrão e doce de boca
Em toda e qualquer ocasião
pra trompar e bancar na rédea
de arrastar a cola no chão
se foram o basto e a doma
Bailantas ,jogos e tropeadas
Sem apagar da memoria
As mais distantes jornadas
construí meu rancho tosto
longe da poeira da estrada
Onde vivo um sonho lindo
Junto a xirua amada