lida de campo
por minha vida campesina
bom Deus me deu por regalo
um cantar xucro campeiro
e o gosto pelos cavalo
me temperando as lembranças
trago as mãos cheia de calos
do soco bruto do laço
no golpear de um pealo
Revivo minhas memorias
mangueiras e campo aberto
estancias e gadaria
os cavalos pastando perto
o galpão o fogo grande
o tição ardendo em brasa
os peões desencilhando
na sombra em frente as casas
as estancias eram tamanhas
por léguas de cismarias
tapadas de criação
cavalhada e gadaria
restingas sanga e aguadas
onde a fartura existia
céu anil e terra virgem
que no horizonte se perdia
um matiz de flores e bronze
bordava várzeas e coxilhas
borboletas e as cigarras
bailavam sobre as flechilhas
um sol pampa maragato
tropeava a tarde douradilha
convidando pra um mate novo
jujado com maçanilha