GINETENDO
PROCURO A VOLTA PRO ESTRIBO
DE UM REDOMÃO COLORADO
ALÇO A PERNA BEM A JEITO
E JÁ ME SINTO ENFORQUILHADO
CUTUCO O AÇO DA ESPORA
DO RÉDEAS PRO DESBOCADO
E ASSIM VOU TOREANDO A VIDA
PRA GANHAR ALGUNS TROCADO
NO VAI E VEM DO ARREIO
LA SE BAMO CAMPO A FORA
O POTRO BAIXANDO O TOSO
ENTRE AS MÃO ESCONDE A CARA
PARECE O MUNDO AS AVESSA
E O CHÃO SE PARTINDO A MEIO
BUSCO O FOCINHO DO MAULA
NA SOITEIRA FINA DO RÉIO
E O DUELO SE AGIGANTA
NUM COCHILHÃO DESPAREIO
O PAMPA BATIZA CAMPEIRO
NO PELO,BASTO E ARREIO
E PELO FUNDÕES DE CAMPO
OUVINDO O BERRO DA GADARIA
O GRITO DO QUERO QUERO
E DA VACA CHAMANDO A CRIA
E O RIO GRANDE SEU MOÇO
UM PAIS DENTRO DE OUTRO
ONDE GAÚCHOS SE AQUERENCIARAM
LAÇANDO DOMANDO POTROS
DEITANDO TERRA NO ARADO
SEMEANDO EM QUARTO DE LUA
HERANÇA DAS BUGRAS ETNIAS
GUARANÍTICAS E CHARRUAS