Poesia Fogo de Chão
Canta o galo na madrugada, se prepara o assador.
Alinha os fogos dos dois lados com perícia para o calor.
A costela sobre a mesa já se embebeda na cachaça. Depois vem a chuva de sal para cobrir toda a capa.
Isto feito, vem o espeto bruto, rústico e encorpado. Se acorrenta bem apertado pra não escapar a peça.
Ao fogo se leva ela, cuidando com a distância, do lado do osso mais perto para amaciar a "criança". Depois de tudo acertado preparo o chimarrão, de vez em quando uma lenha pra atiçar o carvão. Fumaça que defuma e me aquece o coração!
Assim se passam as horas. Bem devagar se observa amaciar a refeição, e quando o dia está clareando já se vê a tradição. Churrasco, chimarrão e amizade junto ao fogo de chão.
Wpn 01/02/2018. Meatlover