Pampa que pariu
Flagrei o teu amanhecer
Pampa afamado
Orvalhada pelo choro
Dos filhos sem pai
E das viúvas solitas
No peito sempre palpita
A herança de trincheira
E sabemos que é guerreiro
Quem se veste de fronteira
Devaneio da outra
Tão pura e incapaz
Talvez lhe faltou posição
Provavelmente seu homem
Não tinha uma luneta na mão
Ah descompasso da Pampa
Tu mulher é bela definição
Do querer da nossa gente
Que enxerga sempre a frente
E aguenta qualquer Tirão
A filhos de ti
Bioma sulista
Teu canto
Nossa conquista
Relincho da égua petiça
Bate água dos teus rios
Oigalê tchê Brasil!