DO BOTO
(Por Érica Cinara Santos)
Das águas sai a crença
Licença para ela passar
Acompanha gerações, intensa
Permanente, sem cessar.
Toda gente do rio
Tem uma estória pra contar
Juram que o caboclo “beltrano” já o viu
Nas noites de “Arraiar”.
Que a cunhatã mais bela
É alvo da sedução
Que o boto-homem vai rumo a ela
Em ímpar dança à condução
E na mata nasce o mistério
Pro espanto de toda a gente,
Um “galego curumim” nesse hemisfério
É parido meses depois “incoerente”.