DO BOTO

(Por Érica Cinara Santos)

Das águas sai a crença

Licença para ela passar

Acompanha gerações, intensa

Permanente, sem cessar.

Toda gente do rio

Tem uma estória pra contar

Juram que o caboclo “beltrano” já o viu

Nas noites de “Arraiar”.

Que a cunhatã mais bela

É alvo da sedução

Que o boto-homem vai rumo a ela

Em ímpar dança à condução

E na mata nasce o mistério

Pro espanto de toda a gente,

Um “galego curumim” nesse hemisfério

É parido meses depois “incoerente”.

Érica Cinara Santos
Enviado por Érica Cinara Santos em 07/11/2018
Reeditado em 08/03/2020
Código do texto: T6496727
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