O Mito da Taverna

O olor do vinho rescende até a entranha

O calor da lareira traz o presságio da lua

O caminho da paz está na fala estranha

De um bêbado tropeçando frases cruas.

Não há onomatopeia que traduza prazer

De viver a vida a lutar dentro de caverna

Não há filosofia que consiga nos trazer

À lugar melhor do que o mito da taverna.

Não terei de olhar as sombras da parede

Tampouco direi dos mundos que não vivo

Só sei do hidromel que beberei ao ter sede

Que torna o tímido num ser humano altivo!

Quem precisaria viver entre as realidades?

Surge-se entre as distâncias dos desejos

Alcance farto sendo ébrio ou na sobriedade

Se não achar graça: busque noutros vilarejos!

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 03/02/2016
Código do texto: T5532160
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