Sangue Farroupilha

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Um raio desponta tímido na coxilha,
Aos poucos vai tomando corpo a enveredar pelos montes,
Até espraiar seu brilho além dos pampas, além do horizonte...
Assim também vai o tempo tecendo a saga de um pequeno farroupilha...

As mãos calejadas da enxada e os pés de lama encharcados,
Vão mostrando pro menino que a vida é um grande roçado,
Onde os grandes comandam a roça e, os pequenos, o arado...
Por sobre os ombros do pai, 
Os olhos do guri espreitam lá longe,
Um outro mundo sonhado...
Lá onde reina a justiça e o amor troteia ao seu lado!

O sonho calcado na alma e as origens do pago na estopa estampadas,
Segue inquieto o pequeno, carregando a luta contra a injustiça em sua mala de garoupa...
Os desejos do guri feito fogo de galpão,
Vão aquecendo a peonada a perseguir sua trilha, 
 Para fazer da boa luta caminho de libertação,
E o hino de igualdade ecoar além do rincão!

 

Que o Patrão Velho permita que a saúde e a coragem persistam, para que o sangue farroupilha continue a pulsar na labuta, pois enquanto houver fé e esperança, o sonho de vida digna deve mover nossa luta!    


 
Gelci Agne
Enviado por Gelci Agne em 20/09/2013
Reeditado em 21/09/2013
Código do texto: T4490444
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