Rancho de sapé (pantum)
Edir Pina de Barros
Velho rancho de sapé
tão bonito, à beira rio,
onde canta a Canindé,
ficou tristonho, vazio;
tão bonito, à beira rio,
com monjolo ao lado, perto,
ficou tristonho, vazio,
tão sombrio, tão deserto;
com monjolo ali por perto,
- burburinho de cascata -
tão sombrio, tão deserto,
ficou mais quieto que a mata;
burburinho de cascata
nunca mais se pôde ouvir
ficou mais quieto que a mata
que não voltou a florir;
nunca mais se pôde ouvir
passaredo no jardim,
que não voltou a florir,
anunciando o seu fim;
passaredo no jardim
ficou tão mudo, calado
anunciando o seu fim,
quedou triste, amortalhado;
ficou tão mudo, calado,
sem Maria, sem José
quedou triste, amortalhado
velho rancho de sapé.
Brasília, 22 de Novembro de 2.012.
Livro: REALEJO, pp. 24-25
Pantum; pantume=
[Do mal. pantun.]
Substantivo masculino.
1.Poét. Poema originário da Malásia, em quadras, no qual o segundo e o quarto versos da primeira quadra são o primeiro e o terceiro da segunda, o segundo e o quarto desta são o primeiro e o terceiro da terceira, etc.; pantume. O último verso tem que ser igual ao primeiro. [São exemplos, em nossas letras, a “Serenata no Rio”, de Alberto de Oliveira, e o “Pantum”, de Olavo Bilac.].
Edir Pina de Barros
Velho rancho de sapé
tão bonito, à beira rio,
onde canta a Canindé,
ficou tristonho, vazio;
tão bonito, à beira rio,
com monjolo ao lado, perto,
ficou tristonho, vazio,
tão sombrio, tão deserto;
com monjolo ali por perto,
- burburinho de cascata -
tão sombrio, tão deserto,
ficou mais quieto que a mata;
burburinho de cascata
nunca mais se pôde ouvir
ficou mais quieto que a mata
que não voltou a florir;
nunca mais se pôde ouvir
passaredo no jardim,
que não voltou a florir,
anunciando o seu fim;
passaredo no jardim
ficou tão mudo, calado
anunciando o seu fim,
quedou triste, amortalhado;
ficou tão mudo, calado,
sem Maria, sem José
quedou triste, amortalhado
velho rancho de sapé.
Brasília, 22 de Novembro de 2.012.
Livro: REALEJO, pp. 24-25
Pantum; pantume=
[Do mal. pantun.]
Substantivo masculino.
1.Poét. Poema originário da Malásia, em quadras, no qual o segundo e o quarto versos da primeira quadra são o primeiro e o terceiro da segunda, o segundo e o quarto desta são o primeiro e o terceiro da terceira, etc.; pantume. O último verso tem que ser igual ao primeiro. [São exemplos, em nossas letras, a “Serenata no Rio”, de Alberto de Oliveira, e o “Pantum”, de Olavo Bilac.].