Pronome
Acompanho a nostalgia como acompanho a saudade,
na trilha da poesia lembrando Drummond de Andrade.
Vou de Itabira a Passárgada, compondo milhões de versos,
sem organização rítmica, sem prosa em formalismo dramático.
Em “claro enigma” é que se ia,
tecendo idéias banais,
contando histórias fantásticas, em simples prosopopéias,
na desintegração das palavras a simples “Lição das Coisas”.
O sentimento do mundo, a esfera a espera de rivais,
escrevendo caducos versos,
cantando as dores do amor, sem perder nem de longe a delicadeza,
ao som de piano de mesa, vem Vinicius de Morais.
Pindorama vem se erguendo nos versos de grandes poetas,
a natureza fazendo festa em carnavais de tristezas,
mais é assim que se tece a teia de nossa rima,
dos primórdios da conquista, sob toda realeza,
ao amor nordestino de Jorge de Lima.
Viva essa Negra Fulô!
Que é símbolo de nossa raça,
num tempo que já passou,
num pelourinho de praça.
Hoje Brasil és teu nome
de monarquia à república.
Os Cabrais que já se foram
deixando guaranis e tupis,
que hoje guerreiros insanos
erguendo na guerra fuzis.