Pronome

Acompanho a nostalgia como acompanho a saudade,

na trilha da poesia lembrando Drummond de Andrade.

Vou de Itabira a Passárgada, compondo milhões de versos,

sem organização rítmica, sem prosa em formalismo dramático.

Em “claro enigma” é que se ia,

tecendo idéias banais,

contando histórias fantásticas, em simples prosopopéias,

na desintegração das palavras a simples “Lição das Coisas”.

O sentimento do mundo, a esfera a espera de rivais,

escrevendo caducos versos,

cantando as dores do amor, sem perder nem de longe a delicadeza,

ao som de piano de mesa, vem Vinicius de Morais.

Pindorama vem se erguendo nos versos de grandes poetas,

a natureza fazendo festa em carnavais de tristezas,

mais é assim que se tece a teia de nossa rima,

dos primórdios da conquista, sob toda realeza,

ao amor nordestino de Jorge de Lima.

Viva essa Negra Fulô!

Que é símbolo de nossa raça,

num tempo que já passou,

num pelourinho de praça.

Hoje Brasil és teu nome

de monarquia à república.

Os Cabrais que já se foram

deixando guaranis e tupis,

que hoje guerreiros insanos

erguendo na guerra fuzis.

Lucas de Arcanjo
Enviado por Lucas de Arcanjo em 25/07/2011
Código do texto: T3117263