Adjetivo
Do regionalismo dos nossos hinos,
tendências sertanejas de Afonso Arinos.
Chegamos ao modernismo de fato,
viajando de Coelho Neto à Monteiro Lobato.
A qualidade é a nossa vaidade,
nossos talentos são nacionalíssimos,
sejam nos Andrades ou nos Veríssimos.
No dadaísmo, surrealismo, na mitificação da realidade.
Céu azul em dia de esplendor,
nossa poesia de exportação
de longe já se viu,
que adjetivos não são poucos
no manifesto “Pau Brasil”.
Semana da arte moderna, o Jornal do comércio em cena,
assim termina o espiritualismo precípuo e o equilíbrio se concatena
descortina a hipocrisia em sua maior manifestação.
E na França brincam nossos versos em poesia de exportação.
Está claro nossas qualidades filosóficas,
uma nova perspectiva em escalas históricas,
da escravidão e despropósito social
a um patamar ideológico universal.