Ortografia
É preciso escrever corretamente nosso passado servil
nas mãos de portugueses servimos de faca, cabo e martelo,
negrinho forte e viril.
Nas costas sempre um fardo, naquele mesmo tropel,
mas que triste sina menino, diz padre Manuel.
A poesia barroca começa a se despontar
no lombo de cada besteiro, quase sempre estrangeiro.
A sociedade faz amar, mas no apagar das luzes, apenas o tato a ficar
faz-se presente de vez, o Aleijadinho mineiro.
Gregório canta seus versos, mas não sabe esculpir,
critica tudo que é hipocrisia, da sociedade se ria,
ironia por ironia fazia o povo sentir.
A brevidade da vida em pura analogia ao carnaval da partida.
É bom saber escrever, pra não ser servo do dia,
a noite poder recolher os sonhos do envelhecer
e se tirarem de seu chão cada fatia,
terá ainda contigo o valoroso saber.