Concurso Público
Concurso Público
Vc não acredita
Mas eu vou dizer
Havia um bando
De macacos querendo
(não sei, por quê?)
Que eu estudasse para
Ser policial rodoviário
Talvez quisessem com
Isso que eu fechasse o
Ciclo diário do malfazer.
Na alfândega a quadrilha
Pândega fazia passar a
Muamba nas fronteiras
E nos portos, por dentro
Por fora dos corpos a
Farinha transitava e a
Lei ignorava, a propósito,
Seu fazer. O patrono
Tirava da cela os que
Devia prender. Havia no
Bando políticos, juízes e
Quejandos, todos atores
Magistrados do bando
Com policiais a valer.
E a sociedade ficava
Cada dia mais refém
E droga circulava solta
Sob a tutela de ninguém
E os símios tramando
Diziam no seu falar
Nefando: “Estamos
Precisando de quem
Garanta o tráfego nas
Estradas, nas BRs, e
Prestamente libere o
Pessoal de nosso bando.”
Por cada serviço prestado
Aumentaria minha conta
No banco. — Obrigado,
Muito obrigado, mas eu
Não estou disposto a ser
Outro preposto concursado
A serviço desses malandros
Nessa guerra universal onde
A economia do mal promove
Cada dia mais impune a
Privatização do patrimônio
Estatal. Vc não vai crer
Assim mesmo vou dizer
Esse bando de mecenas
Nas próximas eleições
Vai subir no palanque
Por seu voto e na maior
Cara de pau cooptar Vc.