RESPOSTA AO FALANDO AINDA EM CAMBICHO - WILSON FONSECA
Poetisa de Minas Gerais,
De nome Rosa Serena,
Sou peão como os demais,
Que adora uma pequena,
Seja de pele morena,
Ou loura igual ao trigo...
Tem que ser carinhosa,
Para vir morar comigo!
O amor pelo bom gado,
Isto é coisa do ofício...
Foi que ficou por legado,
Dos gaúchos ancestrais,
Tudo que herdei dos pais,
É o que corre no sangue,
Vivo num mundo de paz,
Não há o que me zangue!
Grato, pelo grande carinho,
Em seu verso a mim escrito,
Sou peão, e tenho um ninho,
Esperando ainda o cambicho.
Com toda a sua propaganda,
Já estou virando um mito,
Mas, se a coisa desanda...
Fico sozinho em conflito!
Obrigado! De todo o coração,
Já comecei nova construção,
Mais um quarto no ranchinho!
Não lembrei que neste ninho,
Ainda faltava uma repartição.
Se a chinoca não for rogada,
Com certeza a filharada,
Vai encher o rancho e galpão.
Grande poetisa Rosa Serena,
Agradeço sua bela interação,
Fez-me suar o rosto e melena,
Na busca de tanta inspiração.
Mas, com certeza vale a pena,
Buscar nesta nossa integração,
Se a mente não é pequena,
Os versos brotam da emoção!