Finzito de Tarde
Finzito de Tarde
O tempo que faz
morada num entardecer,
vagaroso.
Que mostra nos olhos,
de um bem querer.
Faz o baio da tarde
ir ao tranco manso dos olhos.
Quando miro o céu,
de seus olhos , estrelas
mais cadentes no brilho.
No espelho das aguadas,
reflete a silhueta de um poncho.
Envolto ao seu corpo.
É quando há alma
faz o sentido prás,
cosas da lida.
As esperas e saudades,
se vão rondar prá bem longe.
Se largando a campo
fora.
Prá rondar em outra hora,
na paz de um galpão
mirando há luna.
Que se veste de prata,
com salpicos de estrelas.
Nos arreios dependurados
se mira longe.
Prá ver o corpo moreno
que se fez morada,
na alma do ginete.
E amansou o mais chucro,
dos potros.