Finzito de Tarde

Finzito de Tarde

O tempo que faz

morada num entardecer,

vagaroso.

Que mostra nos olhos,

de um bem querer.

Faz o baio da tarde

ir ao tranco manso dos olhos.

Quando miro o céu,

de seus olhos , estrelas

mais cadentes no brilho.

No espelho das aguadas,

reflete a silhueta de um poncho.

Envolto ao seu corpo.

É quando há alma

faz o sentido prás,

cosas da lida.

As esperas e saudades,

se vão rondar prá bem longe.

Se largando a campo

fora.

Prá rondar em outra hora,

na paz de um galpão

mirando há luna.

Que se veste de prata,

com salpicos de estrelas.

Nos arreios dependurados

se mira longe.

Prá ver o corpo moreno

que se fez morada,

na alma do ginete.

E amansou o mais chucro,

dos potros.

Ginete
Enviado por Ginete em 28/03/2009
Código do texto: T1511291
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