ENTREVERO MUSICAL - PAIXÃO DE GAÚCHO
As danças gaúchas fazem parte
do patrimônio cultural - ensinadas -
nos jardins de infância aos centros
de Tradições Gaúchas - todas - ensaiadas.
Estas coreografias correm o mundo
e são aplaudidas na interpretação
do conjunto Farroupilha, Varig,
O internacional do Folclore - todos da tradição.
A gente gaúcha tem um aprendizado
natural da sua Tradição. Está fonograficamente
registrada estas belas canções, danças
e todo repertório - tudo - preparado docemente.
A música e a dança gauchesca, maravilhosa
é o verdadeiro sentimento d`um povo.
O espírito da sensibilidade por um novo
e delicado instante de fidalguia,
esta presente no tudo - grandiosa -.
O regional e o folclórico se abraçam
no sentimento do gaúcho - na dança popular -
são manifestações inerentes ao homem do lar,
da estância, do clube, da campanha.
Acreditamos ao fim que todos se expressam.
Pra dança gauchesca, o gaúcho
usa uma indumentária, instrumentos
e a saudação - distintos - por essência
do caipira, do sertanejo - sentimentos -
próprios desta gente - por excelência -.
Na indumentária da mulher: vestido
de chita floreada, lenço de seda ao pescoço,
e o homem: botas de cano mole, espora,
bombacha, guaiaca, lenço de seda ao pescoço,
camisa de uma só cor, chapéu de aba - lá fora -.
No chapéu de aba, precisa ser
com aba não quebrada dos lados
e isto, acontece na maior parte dos lugares.
Barbicacho e outros acessórios violados
como faixa na cintura, o pala, o colete - os ares -.
A viola de dez e doze cordas nas danças
sapateados e de par solto, com todo gosto.
A rabeca, o acordeon, a gaita - é pra tirar o chapéu -
instrumentos de voz-trocada ao meu rosto,
de colher, duas hileiras, de botão - ao céu -.
As músicas e danças sulinas
tem uma grande variação, e, é
mais fácil se dançar: sem sapateios.
Há uma grande preocupação gauchesca
na ordem didática para este ensino, sem rodeios
pra que o gaúcho aprenda sem rimas.
Chimarrita é dança de pares enlaçados
no amor, na saudade d`uma valsa,
d`um chote. Fileiras se cruzam
em direções contrárias e por fim
tornam a se aproximar - se amam -
nos olhares e gestos, se aproximam ensaiados.
Duas fileiras: homens e mulheres distante
um do outro. As mulheres pegam da saia
e as erguendo levemente e carinhosamente
observam os homens que unem suas mãos
às costas, com braços caídos naturalmente
ao acorde do músico solista constante.
Pézinho, é uma música simples
mas amável dança gaúcha - especial -
tem muita graça na acordeona
e toda gente canta nesta dança tradicional
o amor ao galdério e a uma peona.
Caranguejo, normalmente dança de par.
Existem balancês, onde a gauchinha
mostra toda beleza, graça e pela mão direita
evolui com passo-de-marcha inteirinha
o movimento da volta em si mesma - não rejeita -.
Cana-verde, os pares com braços dados
passeiam no sentido dos ponteiros
do relógio, um atrás do outro, confiados
ao músico solista - fechado - o círculo
as moças fazem o giro-saudação em dianteiros.
Na voz do " agora " tem início o canto,
e na dança todos cantam os versos
bonitos da cana-verde pra meu encanto.
Soltam-se as mãos e os pares
se colocam frente-a-frente neste reverso.
No maçanico, os homens indo para
a esquerda, com mãos soltas
tomam suas lindas chinócas ao carinho
do passo-de-marcha - tudo direitinho -.
Quero-mana, assemelha-se ao fandango.
Sendo reaproveitada para desafios.
Usa-se muito o bater-pé para propiciar
o avanço-e-recúo coordenado ao ensaiar.
Rilo é uma dança de conjunto
para formação circular. As figuras se
desdobram, se repetem e se alongam
ao seu prazer; várias figuras se gostam.
Meia-canha, no início era cantada inteira
e dançada na espera da guampa
esvaziar e isto causou muitas peleias.
Mais tarde, tornou-se popular e as véias
adoravam os sons de " como le quieira ".
Pericom é outra das lindas canções
gaúchas. Toca-se muito nos bailes,
nas festas cívicas e tradicionais,
deixou de ser popular, tornando-se ambientais
nas danças cultas dos corações.
No chote, o homem estende sua mão
direita à esquerda da chinóca amada
e face-a-face - dançam - seus movimentos -
e pausas tal como a valsa consagrada.
Rancheira, o par vai para o lado,
para frente, para trás, girando
e batendo fortemente o pé no
primeiro tempo de cada compasso - adorando -.
Já a rancheira de carreirinha é
uma variante. O dançador
pode nesta dança sapatear
e a prenda faz o sarandeio - tudo um amor.
Terol, já é uma dança popular
do litoral-norte, planalto no nordeste
e alguns pontos coloniais
do Rio Grande tradicional.
Nesta dança, uma alegria penetra
no coração do peão - ao empurrar -
aos pulos sua prenda, o gaúcho sorri
quando recua e a prenda o ama, antevi.
Pau-de-fita, não é usado muito
nos bailes, é mais uma dança ensaiada
em ternos, festas populares
que usam cantigas especiais nos lares.
Nas danças sapateadas encontramos
a Tirana do Lenço - o par solto - mímica
amorosa que caracterizou -sonhamos -
esta geração criadora que tudo indica.
São movimentos de aproximação
onde há fuga e encontro final
dos dançarinos no aconchego da paixão
dançarina do casal musical.
O lenço é parte integrante
desta dança, pequeno do tamanho
" de bolso ", não sendo de pescoço.
A coreografia da dança elegante
e sub-dividida em partes de sonho
onde há sapateio fogoso.
O anú, é típico do fandango gaúcho.
Tem duas partes: a sapateada e dançada na mente.
É uma dança de par solto
o que não quer dizer: independente.
Anunciada a dança, os pares
vem-se postar em fileiras - o marcante -
se posiciona e ordena o início.
O solista marca forte ao iniciante.
Os dançarinos executam rente
três passos-de-marcha para frente,
o homem começa com o pé esquerdo.
A mulher com o direito
um passo para cada tempo, sem defeito.
E há uma sequência sem ficar lerdo.
Nas danças gaúchas o " Balaio "
abre a cordeona enquanto ensaio
um olhar pra chinóca
que prefere a " cana-verde "
e faz rodar minha sede.
O balaio é dança sapateada
e também de conjunto - patenteada -
É uma dança popular. O nome
balaio vem do aspecto do cesto cobaia
que a prenda dá a sua saia.
O cantador grita: " moça que não tem balaio,
bota a costura no chão ", e olha de soslaio.
Ao encerrar-se a dança as mulheres
giram sobre os calcanhares e se abaixam,
o vento entra pelas saias - o que encantam -.
Na dança do Tatú o tempo
é seguido plano, sendo dos cantos
mais populares dos rio-grandenses.
Contam-se a vida do Tatú sem prantos.
Personagem meio-gente, meio bicho,
símbolo do pobre-diabo - popular -
sempre atraiçoado pela sorte
é a dança do Tatú no seu lar.
A chula, é uma dança de desafio
e consiste em estender-se ao chão
uma vara de madeira.
Posta-se um dançarino - sem cadeira -
na extremidade oposta do coração.
Ao desenrolar-se a música
eles se desafiarão executando
um de cada vez, complicados
passos de um lado e outro - aplicados -
a vara. Tudo é feito, avançando.
Depois, recuando até o lugar
inicial. Executa-se uma série
de passos; o outro dançarino
tem que executá-los - mesmo um catarino -
para não perder qualquer intempérie.
Do escrevedor de versos: tabayara sol e sul