no carnaval melecado cheio de Fogo Paulista,
Madrugada friaca curviana tevê não pega nada e livros me lembram páginas... Então, esfrego a cara na almofada.
Mó vontade e mó má vontade de fazer uma caminhada assim sem pressa pra nada, de mãos dádas descalça sem celular roxo. Sentar, no banco da praça estudar seu supercílio e me molhar ao olhar seu brilho, sujar sua calça escrever um poema da minha mala sem alça.
Sentir seu tóque seu beijo seu cheiro sua graça.
Me sinto importante na sua vida quando me abraça de graça,
mesmo sendo para fazer pirraça da minha desgraçada.
Ah!!! Hip-Hop...
Clandestino romance sem destino...
Mó desbaratino, olhá-lo, do lado de fora da vidraça, me desgraça.
Fiquei sabendo que sua caçula virou puta e isso me espedaça!
Realmente terrível Hip-Hop mas você é forte!
Bem mais forte!
Seus amigos que viraram clientes dela rapidamente merecem perder o dote, o pote, fizeram jus caíram neste trote.
Escrevo não me expresso, não me exponho, relevo...
Me fazendo como carinho,no ninho, sozinho vendo bicho me sentindo um lixo, ou um sempre livre usado, um versinho perversinho, talvez...
Ousado.
Aquele gosto nojento depois da gorfada, credo, que nojo.
Nessa madrugada insonia no isopor...
Preciso de Fogo Paulista Senhor.
Assumi meu amor,disse.
Me aqueci e esqueci do meu cobertor
frio na barriga irriga istiga mastiga...
Esse meu dissabor, homem nao pode ficar mostrando o sovaco da cobra, a fila anda e de repente intriga, mas Hip-Hop se você parar
não parar de se deprimir e não sair para trabalhar logo estará igual o Seu Madruga fugindo do Seu Barriga.
Minha mente e meu coração briga,faço figa...
Diga no meu céu não tem estrelas a chamar.
Piscando...Piscando... Piscando... Liga?
Sem calcular a altura igual você se joguei...
O que tinha de mais precioso oferendei.
Mi dei...
Meu coração aberto já "zicatrizado" e descoberto
Escreverei amanhâ hoje sonharei...
Hoje por sonho implorarei chorarei irei mais na" banguela"
por essas vielas farei ficarem conhecidas nossas favelas
trarei a rapaziada de lá para gastar aqui com ela
e descriminalizar quem vive nela.
Favela dos Fogo Paulistas.
À minha, ou melhor, nossa, Grágarlhada melância.
Abril 2004