DEPOIS DO ROÇADO

dedicada ao amigo Poeta Olavo de temperamento poético 'quente'

 

 

Juntin no roçado

As perna escundida

Pranumtê machucado

Trabáio duro na lida

 

Dinoitinha vô mi banhá

Ficá com a pele cremosa 

Inté passar arfazema lá

Tibeijá i ficá dengosa

Proveitá a cama gostosa

 

Vô lambê teus seiô

Arranhá tuas costa

Ti montá pelo meio

Íti chamá pelo que tu gosta

 

Nós juntin é égua e garanhão 

Leitin qui di dentro vem pra fora 

Se dá mais valô pras mão 

Oba oba e vamos simbóra

Tudo di bão num só agóra

 

Passiamo um nu otro

Gemidos e língua na devassa

Tu urra sem sê lião e, sim um potro

Ui! Locura que não passa

 

Océ já tinha tirado o meu selinho

Tirô hoji a tampinha do meu escondido oiô 

Gritei e fiz um biquinho

Reclamei...dispois fico di moiô

Tu tão tonto quasi ficô zarôio

 

Fui comcê no chuveiro

Lavemo os corpo suspirando vida

Deitamu juntin, por inteiro

Manhã di novo, é outro dia di lida 

 

 

 

 

 

 

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 31/08/2024
Código do texto: T8141160
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