Corpos cingidos

Leite e bronze fundidos

na união de corpos

afoitos

afeitos afins

na madrugada de brilhos

belos campos nus

cingidos exatos de bocas

plexos e volumes perfeitos adornos de ébano (no colo)

e esmeralda (no olhar).

Vinhos urdidos

cavalos simbólicos açoites

quartos afobados e gratos

crassos de cortinas cegas ao dia

arquitetura labiríntica

de sem repouso à pós

e após

sopas de rediviva força

e mais assalto

mais fundição

bronze úmido opaco e exploração

implosões nas peles vulcânicas

complementares tons

de mentes opostas?

Não há nunca oposição

nessas toadas de campinas soltas sem grenhas deformadas

nesses desesperos de corpos

que se unem exatos

e se soltam

reflexos de choques

estampidos de cortiças e palmas

e aparatos de exatidão

desejo

degredo

exaustão expectativa e lembrança perpétua.