Até o ápice.

O som das ruas, são as pancadas no povo faminto,

na tarde hostil e seus labirintos.

Mas, a minha voz segue cantando-te nua,

seduzindo a lua

e nela, tudo aquilo que te perpetua,

silenciando esse nosso mundo de falcatruas...

Não sou um homem refém do nosso presente,

sou do poente confidente,

com passaporte para o inferno,

sempre sedento da luz do povo,

prisioneiro de castigos eternos,

mas, artífice do novo.

E quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra,

Longe de um cristianismo que embebeda

e depreda,

até a cracolândia,

até o ápice da dor,

até a merda...

Sou o teu cantor,

a voz rouca e impura....

onde a sua realeza supura...

Sou um santo que teve um passado,

Tu és a maçã do meu pecado.

Hoje quando acordo é sempre aquela dúvida vã.

Não sei se almoço, ou se tomo o café da manhã.

Mas, não mais carreguemos essa pesada cruz...

Feita com aquilo que o "capetalismo" deduz...

Barthes.

BARTHES
Enviado por BARTHES em 02/06/2020
Código do texto: T6965608
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