Até o ápice.
O som das ruas, são as pancadas no povo faminto,
na tarde hostil e seus labirintos.
Mas, a minha voz segue cantando-te nua,
seduzindo a lua
e nela, tudo aquilo que te perpetua,
silenciando esse nosso mundo de falcatruas...
Não sou um homem refém do nosso presente,
sou do poente confidente,
com passaporte para o inferno,
sempre sedento da luz do povo,
prisioneiro de castigos eternos,
mas, artífice do novo.
E quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra,
Longe de um cristianismo que embebeda
e depreda,
até a cracolândia,
até o ápice da dor,
até a merda...
Sou o teu cantor,
a voz rouca e impura....
onde a sua realeza supura...
Sou um santo que teve um passado,
Tu és a maçã do meu pecado.
Hoje quando acordo é sempre aquela dúvida vã.
Não sei se almoço, ou se tomo o café da manhã.
Mas, não mais carreguemos essa pesada cruz...
Feita com aquilo que o "capetalismo" deduz...
Barthes.