Desejo absoluto!
Julgo saber
e gostar de fazer
e entender tuas palavras,
mesmo que não me cheguem como verbos
do nosso caso.
Julgo que aprendi a amar intensamente
com os botes venenosos de tua mansa serpente,
essa Rapunzel sem tranças
que me trancou com seu olhar
e me fez entender que,
saber, sentir, é além de conhecer...
é mais que amar,
é sentir o cheiro e tua pele e o gosto de tua toda
vontade de fazer o que quiser,
entre eu homem e tu mulher,
ambos deliciosamente depravados
sob o olhar pertinente do nosso quarto,
febricitando de desejo,
depois da cama, durante os beijos,
tudo de forte ente nós.
Poema inédito
Paulino Vergetti